Chamo-me Alícia e hoje tenho dezoito anos, já faz alguns anos que não
ouço mais vozes, a última vez foi quando eu tinha quinze anos, um mês
antes de meu tio morrer. Entretanto, ainda sinto coisas estranhas,
sobretudo no meu quarto. Ainda não consigo ver nada, talvez por causa do
meu medo, mas posso sentir alguma coisa perto de mim enquanto tento
dormir, não ao meu lado, para meu alívio.
Às vezes tenho a
impressão de sentir dedos tocando meu cabelo de leve, meu braço ou minha
perna quando estou deitada em minha cama. É uma sensação estranha esta
porque não há ninguém por perto nessas horas, nem mesmo um único inseto
andando em cima de mim. Tudo o que há no quarto sou eu, os móveis, o ar e
o nada. Pergunto-me se essas sensações possuem alguma coisa a ver com o
que me aconteceu naquele dia...
A história que lhes contarei
hoje é diferente de tudo o que já vivi, após um mês e eu ainda me
pergunto como aquilo foi possível, realmente não tenho uma explicação
racional para isso. Este é um fato que ocorreu em um dia de meado de
janeiro de 2012.
Aquele fora um dia como todos os outros, um dia
normal de umas pacatas férias de verão. Até hoje eu não sei como aquela
dor surgira... Lembro-me de que passei o dia no computador ou dormindo
como de costume e durante a noite eu esperei meu namorado entrar no MSN
para falar com ele, não fiz nada fora do meu habitual. O dia fora
normal, exceto por aquela dor...
Fora por volta de uma hora da
manhã que tudo começou, eu estava vendo um filme na televisão e falando
com meu namorado no MSN quando de repente ele ficou off. Eu
esperei ele entrar novamente até o filme acabar, mas ele não voltou, sua
internet não voltou mais de jeito algum. Enquanto assistia ao filme e o
esperava, uma dor de cabeça foi surgindo e aumentando em velocidade
recorde, fora apenas questão de pouco tempo até ela estar latejante de
tão dolorida.
Lembro-me perfeitamente daquela dor, era uma dor de
cabeça de outro mundo, nunca senti algo tão forte e a uma velocidade
tão grande na minha vida. O filme acabou pouco menos de uma hora depois
de meu namorado ter caído, depois do filme acabar eu fui dormir porque a
dor estava realmente muito grande e eu não conseguia mais nem olhar
para a tela do computador ou para qualquer outra coisa que emitisse luz.
Eu
deitei, mas para minha surpresa e minha infelicidade, não estava
resolvendo, pois até deitada estava doendo. A dor era tão grande que
apenas encostando no meu rosto já fazia doer muito mais e por mais o
travesseiro sendo fofinho, ele também provocava mais dor. Para conseguir
dormir, eu levantei e fui à cozinha pegar um remédio para dor de
cabeça, tomei o mais forte que tinha - segundo minha mãe, era para
enxaqueca – e depois voltei para a cama, deitada de lado no qual doesse
menos.
Por volta de cinco horas da manhã, eu acordei preocupada
com meu namorado, pois eu havia pegado no sono e se ele tivesse voltado,
teria ficado no vácuo. Levantei, olhei rapidamente o computador para
ver se ele tinha entrado e depois voltei a dormir. A dor estava bem mais
fraca quando acordei naquela hora, mas ela ainda estava lá, para minha
alegria, era algo suportável. O resto do dia se seguiu normalmente, sem
nenhuma dor, a internet do meu namorado voltou e nós conversamos como
costumamos fazer.
Já se passaram alguns meses desde que isso
aconteceu, até hoje não sei a causa e a única vez a qual senti uma dor
de cabeça tão forte fora nesse dia. Quando contei o fato a minha mãe,
ela me disse que eu absorvi uma quantidade muito grande de cargas
negativas do meu namorado nesse dia e, por isso, a dor de cabeça
infernal. Pergunto-me o que seria essa carga negativa absorvida por mim,
sem qualquer resposta, apenas continuei a minha vida.
Se algo
parecido já lhe aconteceu ou caso aconteça, tome muito cuidado, pois
cargas negativas só atraem mais cargas negativas além de coisas ruins. O
acúmulo de muita energia negativa pode fazer sua vida andar para trás,
então é bom sempre tomar cuidado. Espero que nunca aconteça isso com
você.
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